12 de maio de 2025
29 de janeiro de 2021
O home office ainda divide opiniões: muitos profissionais adoram e outros contestam. A pandemia adiantou uma realidade nova, a qual, por sua vez, vem se fortalecendo em nosso país: o trabalho remoto. Essa modalidade provavelmente estará presente com maior frequência em nosso futuro.
Justamente por um contexto inédito no ambiente corporativo, Talita Cristina Oliveira, sócia da Innovare Inclusiva e especialista de RH, comenta sobre o estilo de atuação a distância.
As vantagens de estar em casa
Muitos estudos comprovam os benefícios desse estilo de labor: “proximidade dos familiares e pets, roupas confortáveis, ouvir sua música preferida, escalas de trabalho mais flexíveis, otimização do tempo, redução do estresse decorrente do trânsito ou transporte coletivo e até economia financeira com o deslocamento”, expõe Talita. Ela também destaca a diminuição da queima de combustível, trazendo mais sustentabilidade ao meio ambiente, bem como a contenção nas despesas com o ponto comercial.
As desvantagens
Do outro lado, também temos diversos desafios. Dentre eles, “pouca privacidade devido ao excesso de pessoas em casa, interferência de questões domésticas nos tópicos profissionais, dores no corpo por causa da falta de ergonomia, iluminação inadequada e Internet com velocidade insuficiente”, diz.
Luiza Pontes, psicóloga corporativa em Ribeirão Preto, confessa ter tido impasses ao enfrentar o distanciamento social. “Senti muita falta daquele contato olho no olho, apertos de mão, abraços. Essas são interações fundamentais para você sentir as pessoas, mas tive de adaptar minhas atividades a um novo contexto”, conta.
Para ela, com as videoconferências e outras ferramentas, foi possível reduzir a falta de proximidade. “Hoje, o celular e o computador são verdadeiras janelas para o resto do mundo, então por que não usar as soluções para unir os colaboradores? Depois de ter entendido como funciona, foi super tranquilo continuar trabalhando”, comenta.
A indefinição de horários de labor e lazer, dificuldade de manter o foco, maior possibilidade de informações sigilosas vazarem, emoções à flor da pele devido ao isolamento social e gestores despreparados por essa mudança repentina também são outros problemas surgidos nesse cenário.
O papel do líder na implantação do home office
Em um momento tão sensível como o atual, é essencial uma nova postura dos líderes, segundo a especialista. “Além das metas, eles também precisam observar como está a saúde mental de cada colaborador. Deve perceber se apresenta comportamentos disfuncionais e como pode ajudá-lo a se organizar frente a esse cenário tão desafiador. A imprevisibilidade da pandemia pode aumentar a ansiedade, trazer angústias e dificuldades emocionais, mas também pode desenvolver habilidades”, explica Talita.
Segundo os dados do ISE Business School, mais de 80% das pessoas apontaram a flexibilidade e resiliência como as competências mais requeridas nesse período. “Para auxiliar a manter sua produtividade, criei um passo a passo”. Veja:
Autoanálise – Você já parou para pensar em você?
Com o intuito de despertar reflexões sobre o impacto do nosso funcionamento pessoal e para com a equipe versus a produtividade, a especialista elaborou algumas questões para você se questionar.
“Recomendamos: o Gerenciador de Produtividade, o Diário de Bordo, 5W2H – metodologia composta de perguntas essenciais e ainda o Trello para organizar as atividades, definir prioridades, criar checklists e acompanhar o andamento da rotina de trabalho do time”, conclui Talita.
Fonte: Nube